quarta-feira, 6 de agosto de 2014

BRASIL POUCO EXPLORA ENERGIA SOLAR E EÓLICA


O ministério de Minas e Energia divulgou que 15% dos domicílios brasileiros já dispõem de energia solar e com investimento nas energias renováveis contribui para a redução de emissões e para uma maior eficiência energética, gerando menos gastos para sociedade e com isso  o governo poderia aumentar a linha de apoio por meio de intenções fiscais, linhas de financiamento especiais, porque com esse tipo de apoio, se consegue que novas tecnologia entrem no mercado com mais força, possibilitando o acesso dos consumidores.

Lembrando que o investimento nesta área ainda é baixo, visto que o país possui os recursos necessários e às vezes fica difícil entender como a falta de incentivo para a produção de energias  alternativa no Brasil é pouco explorada.
O Brasil tem um grande potencial de energia solar e eólica que continua inexplorado, falta tecnologia, know-how, criação de novos empregos que aplicado na prática geraria criação de novos empregos ,quando um país começa a  sair do paradigma de uma energia baseada no combustível fóssil, e passa investir em um energia como a renovável ,tem que investir em formação ,educação, inovação e precisa criar condições para que essa energia possa ser consolidada no mercado. Vejo que em todos países isso acontece por meio de ações do governo. Não se pode deixar o mercado atuar sem nenhum tipo de apoio. Há de ter ai a “mão forte” do governo para isso acontecer.
 O melhor caminho para investimentos apontam para energia descentralizada.
A última resolução da agência nacional de Energia Elétrica (Anell) sinaliza para que os consumidores a partir de 2015 possam instalar uma regulamentação para energia fotovoltaica, energia eólica e energia de biomassa, ou seja, para que possam instalar mini geradores, micro geradores nas suas casas, nos escritórios, no hospital, numa escola, e a partir disso estar conectados á rede. Vamos nos tornar todos distribuidores de energia. Este é um modelo que já existe fora do Brasil há muitos anos. A investir nesse modelo, se tem a possibilidade de reduzir os custos da instalação, por exemplo, de painéis  fotovoltaicos, que ainda necessitam das baterias. Além disso, ao produzir essa energia que não será consumida, será possível trocá-la por crédito de energia de rede, para utilizar a energia em momentos em que não há sol, como a noite. Nesse sentido, percebe-se que há uma tendência clara para descentralizar a energia. Evidentemente, não se trata de grandes geradores, mas já é um avanço.Sempre temos que ter um olhar bem clinico neste assunto do ponto de vista sistêmico, qualquer geração de energia do futuro vai ter que ser composta de diversas fontes. Não se pode, por exemplo, depender somente da energia oriunda de hidrelétricas, pois basta não chover por um período e ficaremos se energia. Então, a matriz energética tem de  oferecer um conjunto de ofertas de energia, que possam suprir as deficiências de cada uma .
Quando se  discute a matriz energética, não se trata de dizer que a melhor energia é a hidrelétrica, a solar ou a eólica. O conjunto delas, associado a um bom programa de eficiência energética , o qual o Brasil precisa assumir, seu papel em busca de resultados. Ainda há muito o que fazer em relação às perdas de distribuição, em relação á melhoria dos equipamentos e dos produtos que utilizam energia elétrica, com os eletrodomésticos . As próprias construções também podem ser um alvo de estudo em posição de maior eficiência energética. Na universidade Federal do Parará, por exemplo, realizamos o projeto do “escritório verde", que aponta um conjunto de soluções para maior eficiência energética e uso racional da energia. Entre as propostas, estuda-se o isolamento térmico de futuras casas, com vidros e pares duplas, com iluminação natural, com energia solar e com lâmpadas verdes. Então, é esse conjunto de tecnologias e equipamentos que vai determinar o quanto de energia será possível dispor no futuro, trazendo economia.
É possível vislumbrar a geração de energia descentralizada e auto suficiente no futuro?
São questões que o Eloy Casagrande Jr,doutor em Engenharia de Recursos Minerais e Meio Ambiente, ela University of Nottingham, e pós doutor em inovação Tecnologia e Sustentabilidade, pelo Instituto Superior Técnico (IST),de Lisboa e atualmente professor na UTFP(UNIVERISADE TECNOLÓGICA DO PARANÁ)declarou para o IHU ON-LINE em entrevista e responde sobre esta última questão abordada:
Não dá pra ter certeza do modelo abordado se será autossuficiente no futuro mais podemos encaminhar para não sermos tão dependentes de um modelo centralizado. Claro que isso mexe com grandes negócios, mexe com lobbies, que estão envolvidos com a energia elétrica, desde que ela se tornou uma commodity que capta, concentra e vende energia. Essas empresas de energia elétrica têm ações na bolsa de valores. Energia virou um produto que precisa render. Essa visão também já nos traz uma visão mercantilista da energia.
No futuro até podemos discutir essa visão, mas hoje é o modelo que temos: existem grandes interesses econômicos ao redor de tudo isso, e se formos fazer uma retrospectiva histórica da construção das hidrelétricas no Brasil verá que são as mesmas construtoras que constroem as hidrelétricas de hoje.
 

Fonte: IHU On-Line

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